quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

O MEU CAÍS...

O MEU CAÍS...

Lindo é o caís onde atraco no fim de cada viagem
e os nós ?Tão fáceis que são de fazer, de desfazer
simplesmente apenas existem em quem os quer ver
as gaivotas, aves que encantam todas as chegadas
são as mesmas aves que nos contam das lágrimas
que sem o saber, dão corpo ao Rio que quero ver
que lindo é o Rio da minha cidade que nos acolhe
em nós tão fáceis que escorrem pelas suas encostas
lava quente que me aquece nestas noites tão frias.

Quando por fim chego ao meu Rio ao meu caís
quando por fim atraco à minha Cidade teu corpo
é a praia onde me banho em cuidados de Amor ...


José Apolónia 29/01/14

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

AO SIMPLES OLHAR...

Ao simples olhar ...

Tudo o que Eu quero é você
é você perto de mim, assim
deixando seus olhos falar
seus braços os meus enrolar
é andar, andar sem te cansar
simplesmente teu corpo a arfar
por meu sorriso em ti encalhar
o teu, tão simples ao  me navegar
quando a tempestade toma o Mar
não haver porto onde se abrigar
sentir em nós o uivo do vento
o Mar desfeito em manto de espuma
não existir o norte o sul ou a Lua
para além de nossos corpos
perdem-se os meus gritos nos teus
olhos que brilham como estrelas
numa tela que pinto consciente
que ao simples olhar,
uma tempestade nos torna  (a)Mar ...


José Apolónia  21/01/2014









quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Assim estou ...

Assim estou ... Cinzento, deste tempo que me abraça por fora
                        por dentro faz Sol e chove, as arvores desnudas
                        um arco íris que se forma na cor imprecisa
                        dos sentires que brincam enamorados
                        nascem os trovões que iluminam o caminho
                        e Eu cinzento, espero o Sol e a chuva de ti ...


                                                                                 J.A. 2014
                     

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

SENTIMENTOS...

SENTIMENTOS...

Ribeirinhos que se formam
com as primeiras lágrimas
por onde navegam barcos
papeis frágeis, formatados
por mãos que se dizem nuas
podiam ser as minhas, mas não
podiam ser as tuas, mas não
são apenas as lágrimas da rua
pintadas por um qualquer pintor
gravadas, esculpidas ou ditas
por alguém que se perdeu
ao navegar os Mares do Amor
em barcos recriados de papel
qual criança em seu esplendor
nos passos que nos antecedem
a estrela que em tudo nos ilumina
pelos rios que em nós se formam
existem correntes fortes
diria mesmo demasiado fortes
que nos atracam a um Porto
onde águas quentes escorrem
de teus olhos as lágrimas
por onde eu barco, navego ...

José Apolónia   07/01/2014